Gregory Fnaresissi

O Xadrez da globalização

A globalização, processo que impacta indiretamente na nossa vida, é como um vendaval que sopra por entre os continentes, levando consigo não só bens e serviços, mas também esperanças e desigualdades. É como se o mundo se tornasse um imenso tabuleiro de xadrez, onde algumas peças ganham destaque enquanto outras são esquecidas nas sombras.

O embate entre o velho e o novo, o tradicional e o moderno, ganha novos contornos. Somos constantemente bombardeados com a ideia de que o modelo ocidental industrial é o ápice da evolução, o caminho a seguir. No entanto, nos encontramos em um paradoxo, onde essa busca incessante por lucro e competitividade, acaba por aprofundar ainda mais os problemas sociais.

A democracia, essa palavra tão carregada de significados, é transformada em uma espécie de mercadoria, onde o poder é distribuído de acordo com os interesses do mercado global. É como se estivéssemos presenciando o triunfo da competitividade em comparação com a solidariedade, como se a construção de uma democracia plena desse lugar a uma mercadoria, onde o valor das pessoas é medido pelo seu poder aquisitivo.

É necessário olhar para além das superficialidades e reconhecer as complexidades desse fenômeno. A globalização não é apenas sobre a livre circulação de bens e capitais, mas também sobre a perpetuação das desigualdades socioeconômicas. A vida cotidiana do trabalhador se torna um campo de batalha, onde a violência estrutural é a mãe de todas as outras formas de violência.

Nesse tabuleiro global, onde alguns são chamados de “vencedores” e outros de “perdedores”, é preciso repensar nossas prioridades.

Ah, meu caro, sobreviver nesse mundo é como atravessar uma rua com o farol aberto. Nesse jogo tão cruel de ganha-perde, onde o sucesso de uns parece vir à custa do fracasso de outros. Em meio ao caos aparente, surge a necessidade urgente de redefinir nossos valores e reorientar nossas políticas. Não podemos permitir que a competitividade se sobreponha à solidariedade, nem que a democracia seja uma mera mercadoria.

Portanto, diante das incertezas e desafios do mundo contemporâneo, é fundamental resistir à tentação de simplificar as questões complexas que nos cercam. Somente assim poderemos avançar em direção a um futuro mais justo e equitativo para todos.

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